A assembleia realizou-se na praça da Corujeira e começou por volta das 15h:30.
Elegeu-se como tópicos:
- Balanço do Jornal de Boas Notícias.
- Saúde.
- Habitação/Despejos.
- Emprego/desemprego, sendo que este último ponto não foi discutido e ficou para a Assembleia seguinte.
Em relação à temática da Sáude a discussão revelou diversas informações e opiniões tais como:
-
O financiamento do Serviço Nacional de Saúde diminuiu cerca de 19%
nos
últimos anos. Já há hospitais que forçam imposição de um tecto de
altas, avaliando a necessidade de tratar ou acabar tratamentos pelo
critério económico de poupar dinheiro. Fala-se nos corredores do
parlamento, ainda como um rumor, em fazer um plafonamento no SNS, ao
estilo do que se tem feito na Segurança Social - isto poderá ser feito
através de uma comparticipação do medicamento só para os tidos como
"pobres" e toda a gente acima dessa linha ser forçada a pagar.
-
Falou-se do transporte de doentes, e como está a ser atingido pelos
cortes da despesa em resultado das medidas de austeridade. Falou-se em USFs (Unidades
de Saúde Familiar) como o primeiro passo para privatizar centros de saúde.
Falou-se do exemplo de autogestão num hospital na Grécia.
Falou-se também da necessidade articular o grupo de trabalho da APP com as Comissões de Utentes e foi consensual a
proposta de contactar e reunir com as Comissões de Utentes.
- A existência, no presente, de dois serviços de saúde: um para pobres e outro para ricos, foi muito discutida ao longo da assembleia e sugeriu-se organizar protestos sempre que se souber que um centro de saúde vai fechar. Mencionou-se a possibilidade de boicotar as taxas moderadoras, mas constatou-se que esta possibilidade não seria muito eficaz. Seria mais eficaz divulgar e informar a população sobre as situações mais brutais
de cortes de financiamento do SNS ou aumento brutal de taxas, e procurar mobilizar para a acção neste campo.
-
Relembrou-se a tendência do SNS em evoluir para um sistema de saúde à semelhança do existente nos Estados
Unidos, ou seja, na mão dos privados. Falou-se da exclusão de pessoas com
doenças tidas como não rentáveis e do problema das taxas moderadoras. Constatou-se a existência de acidentes de trabalho e da crescente
desprotecção dos
trabalhadores nestes casos.
Dado a quantidade de informações e assuntos que precisam de ser discutidos e trabalhados na área da Saúde, decidiu-se começar fazer um suplemento do JBN dedicado à Saúde.
Em relação à habitação:
- Falou-se na gentrificação dos centros urbanos, na nova lei das rendas, no crédito malparado.
- Decidiu-se começar a criar uma lista de contactos de pessoas, colectivos e associações de modo a agilizar uma intervenção rápida nas situações de despejo.
A próxima Assembleia é já no próximo dia 25 de Fevereiro, na Praça da Corujeira, e começa às 15h.